A FOME
A fome tem muitos nomes
Em sua herança herdada do tempo
A fome consome seus indivíduos sem nome
Quase sempre faminta ao extremo
A fome some com o espaço
Come as paredes, as pontes e os pastos
- à dentadas destrói as estradas -
A fome persegue, suga os passos
Devora qualquer caminho
A fome é ágil
Por fora
derruba a imagem
por dentro
esverdeia a frágil-alma em seu ninho!
Rio, 14 de outubro de 2008
Arte em Laranjeiras e Cosme Velho
Há 15 anos
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